4 de dez. de 2020

Rede Mundial de Oração do Papa torna-se Fundação vaticana


 Com um quirógrafo, o Papa Francisco erigiu como pessoa jurídica canônica e vaticana, com sede no Vaticano, a Fundação Rede Mundial de Oração do Papa, que continuará aos cuidados da Companhia de Jesus.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou um comunicado, nesta quinta-feira (03/12), a propósito de um quirógrafo do Papa Francisco, datado 17 de novembro, com o qual o Pontífice erigiu, como pessoa jurídica canônica e vaticana, a Fundação Rede Mundial de Oração do Papa, antigo Apostolado da Oração, com sede no Estado da Cidade do Vaticano. O organismo continuará aos cuidados da Companhia de Jesus. Os estatutos, aprovados pelo Papa, entrarão em vigor a partir de 17 de dezembro, ad experimentum por três anos a partir da data de aprovação.

O objetivo da Fundação é coordenar e animar o vasto movimento espiritual, muito querido ao Santo Padre, que acolhe e difunde as intenções de oração mensais propostas pelo Papa à Igreja. Francisco nomeou o pe. Frederic Fornos,  diretor internacional da Fundação.

Rezar com o coração sincero

A Rede Mundial de Oração do Papa, antigo Apostolado da Oração, teve início na França, em 1844, com o jesuíta pe. François-Xavier Gautrelet, fundada na espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus. Inicialmente destinado aos jovens jesuítas durante a formação inicial, expandiu-se rapidamente como um apostolado de oração para a missão da Igreja, alcançando cerca de 13 milhões de membros em muitos países. Mais tarde, em 1915, nasceu sua seção juvenil, a Cruzada Eucarística, hoje Movimento Eucarístico Juvenil.

Alguns anos atrás, o Papa Francisco instituiu a Rede Mundial de Oração do Papa como Obra Pontifícia a fim de destacar o caráter universal desse apostolado e a necessidade de que precisamos rezar cada vez mais e com o coração sincero.

A Rede Mundial de Oração do Papa apoia sua missão de evangelização, permitindo “sair da ‘globalização da indiferença’ e abrir-se à compaixão pelo mundo.

Várias vezes os Estatutos passaram por emendas “tornando-se cada vez mais um serviço da Santa Sé próximo à da oração pelas intenções do Santo Padre (como desejavam especialmente Leão XIII e Pio XI). Em continuação com os seus predecessores, em 2018, Francisco quis que este serviço ao Santo Padre, através da oração, se tornasse uma Obra Pontifícia. “Vendo o Apostolado da Oração como missão da Santa Sé confiada à Companhia de Jesus, a partir de agora”, lê-se a este respeito nos Estatutos, como Rede Mundial de Oração do Papa, continua a ligação com a Companhia, mas se abre a uma dimensão universal, colocando-se a serviço de cada Igreja particular no mundo”.

Viver o caráter missionário

A Rede Mundial de Oração do Papa “está aberta a todos os católicos que desejam despertar, renovar e viver o caráter missionário que procede de seu batismo” e propõe um percurso espiritual chamado “O Caminho do Coração”, que integra duas dimensões: comprometer-se a promover as intenções de oração do Papa que “expressam os desafios da humanidade e a missão da Igreja” fazendo suas as alegrias e tristezas da humanidade e também deixar-se inspirar “para realizar obras de misericórdia espiritual e corporal”. E a dimensão ligada à vocação missionária do batizado, “permitindo-lhe colaborar em sua vida cotidiana, com a missão que o Pai confiou a seu Filho”. “O Caminho do Coração” é “um processo espiritual estruturado pedagogicamente para identificar-se com o pensamento, a vontade e os projetos de Jesus”. Desta forma, a pessoa  batizada se propõe a acolher e servir o Reino de Deus, motivada pela compaixão no estilo do Filho de Deus”, lê-se nos Estatutos.

A Fundação, afirmam os Estatutos, está diretamente sujeita à autoridade do Sumo Pontífice, que a governa através da Secretaria de Estado, levando em consideração a entrega histórica do Apostolado da Oração à Companhia de Jesus desde o início.

Fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-12/papa-francisco-fundacao-rede-mundial-oracao.html

30 de nov. de 2020

Semana Eucarística 2020



 

CONHEÇA O PERFIL E A GEOGRAFIA DO COLÉGIO DE CARDEAIS COM A CRIAÇÃO DE 13 NOVOS MEMBROS NO SÁBADO, 28 DE NOVEMBRO

 


Por alguns séculos tinham sido 30. Depois Sisto V em 1586 elevou-os a 70, mas nada a ver com a amplitude que conhecemos hoje, um grupo de pessoas que representa também geograficamente os evangélicos “extremos confins da terra”. O Colégio dos Cardeais na sua dimensão e composição atuais é uma escolha que amadurece gradualmente no século XX. Foi João XXIII quem primeiro “violou” o limite histórico de Sisto V, tanto que as púrpuras que no final dos últimos Pontificados entre os séculos XIX e XX tinham oscilado numa média de 60 membros, na morte do Papa Roncalli eram 82 e entre eles há traços somáticos inéditos, com os primeiros cardeais filipino, japonês, africano.

Colégio “global”

Passaram-se poucos anos e Paulo VI completou o trabalho. Ele criou 143 cardeais, ampliando ainda mais a “latitude” das suas proveniências (o primeiro neozelandês, o primeiro malgaxe, o primeiro cingalês, etc.), determinou o lugar dos Patriarcas Orientais no Colégio e, sobretudo, estabeleceu o limiar ainda hoje válido de 80 anos para ter direito a voto num eventual Conclave. Na morte do Papa Montini havia 129 cardeais, um número que é um prelúdio a uma nova mudança realizada por João Paulo II. Com o Papa Wojtyla, o Colégio Cardinalício tornou-se uma expressão completa da mundialidade e dos 231 cardeais de cerca de setenta países por ele criados em nove Consistórios (até mesmo 42 no Consistório de 2001, um recorde para a Igreja), existem ainda 16 cardeais eleitores dos 65 presentes no grupo, o mais velho dos quais é Jozef Tomko, de 96 anos, criado em 1985.

Mais idoso, mais jovem

O Pontificado de Bento XVI viu também a entrada no Colégio de 90 cardeais em cinco Consistórios. Entre aqueles que obtiveram o barrete do Papa emérito há atualmente 39 eleitores e 30 não-eleitores, incluindo o mais idoso de todo o grupo, o francês de 96 anos Albert Vanhoye, que foi criado cardeal em 2006. Ao Papa Francisco pertence a criação do mais jovem cardeal vivo, Dieudonné Nzapalainga – com apenas 49 anos de idade em 2016 no momento da publicação – que, nas vestes de Metropolita de Bangui, é também o primeiro cardeal nascido na República Centro-Africana.

Francisco, cardeais e periferias

Com o deste de 28 de novembro, Francisco terá presidido ao seu sétimo Consistório e criado um total de 101 cardeais, 73 dos quais se encontram atualmente entre os que têm direito de voto num eventual Conclave. Para o Papa das “periferias” a convocação deste sábado também mostra o início e o retorno. Ao primeiro caso pertence Brunei e Ruanda – países que fazem a sua entrada histórica no Colégio – ao segundo caso pertence Malta, que por um pouco tempo não estava representada, ou seja, desde a morte do cardeal Prosper Grech ocorrida em dezembro de 2019. Ao Pontificado de Francisco também pertencem outros recordes.

Entre outros, o das sedes cardinalícias em países que nunca a tiveram (além da já citada República Centro-Africana, Brunei e Ruanda, também Haiti, Dominica, Birmânia, Panamá, Cabo Verde, Tonga, Bangladesh, Papua Nova Guiné, Malásia, Lesoto, Mali, Suécia, Laos, El Salvador, Luxemburgo), o primeiro cardeal afro-americano (o metropolita  de Washington Wilton Gregory), o primeiro nascido após o Concílio (Nzapalainga), o primeiro convertido ao catolicismo desde os tempos de Jean-Marie Lustiger (Bispo de Estocolmo Anders Arborelius, luterano de nascimento).

Curiosidade

Alguns nomes estão ligados a algumas curiosidades estatísticas. Por exemplo, o tailandês Michael Michai Kitbunchu, de 91 anos, emérito de Bangcoc, é o que faz parte do Colégio dos Cardeais há mais tempo (37 anos). Um recorde de duração partilhado com o neozelandês Thomas Stafford Williams, 90 anos de idade, ordinário militar emérito do seu país. Ambos receberam o barrete do Papa Wojtyla em 1983.

Outro dado diz respeito à presença de famílias religiosas no atual Colégio: são 26, para um total de 51 cardeais (29 eleitores) que vestem o hábito do seu Instituto sob a púrpura. Os mais representados são os Salesianos (9), seguidos pelos Jesuítas (7). Note-se que com o Padre Mauro Gambetti, guardião do Sacro Convento de Assis, a Ordem dos Franciscanos Conventuais também se torna parte do grupo dos cardeais.

Também a geografia, como foi dito, especialmente pela vontade do Papa Francisco, continua a se redesenhar, expandindo o mapa do Colégio, que atinge agora 90 países representados, da Albânia ao Vietnã, com o grupo dos cardeais italianos (47) o mais numeroso, seguido pelos Estados Unidos (15) e Espanha (14). Do ponto de vista dos continentes, a Europa conta, entre eleitores e não-eleitores, 106 cardeais, África 30, Ásia 27. A América do Norte conta 26, América do Sul 25, América Central 9 e finalmente Oceânia 6. O Brasil tem 9 cardeais, 4 eleitores e 5 não eleitores: AGNELO Geraldo Majella; ASSIS Raymundo DAMASCENO; AVIZ João BRAZ de; da ROCHA Sérgio; FALCÃO FREIRE José; HUMMES Cláudio; SCHEID Eusébio Oscar; SCHERER Odilo Pedro; TEMPESTA Orani João. Portugal tem 5, três dos quais eleitores.

Com informações do VaticanNews

Fonte: CNBB Nacional

O Papa no Angelus: nas tempestades da vida Deus estende sempre a sua mão

 


Hoje tem início um novo ano litúrgico. O Advento – disse o Papa - é um apelo incessante à esperança: recorda-nos que Deus está presente na história para o conduzi-la ao seu fim último e à sua plenitude, que é o Senhor Jesus Cristo.

Silvonei José – Vatican News

No Angelus deste domingo, primeiro do tempo de Advento, o Papa Francisco recordou que "a liturgia de hoje convida-nos a viver o primeiro 'tempo forte' do ano litúrgico, o Advento, que nos prepara para o Natal, como um tempo de espera e de esperança:

"O nosso Deus é o Deus que vem: Ele não desilude a nossa espera! Ele veio num momento preciso da história e tornou-se homem para tomar sobre Si os nossos pecados; Ele virá no fim dos tempos como juiz universal; Ele vem todos os dias a visitar o Seu povo, a visitar todos os homens e mulheres que O acolhem na Palavra, nos Sacramentos, nos seus irmãos e irmãs".

Jesus, nos diz a Bíblia, está à porta e bate. Todos os dias. Ele  - continuou o Papa - está à porta dos nossos corações. Ele bate. "Você consegue ouvir o Senhor bater à porta? Quem veio hoje visitar você, que bate no seu coração com uma inquietação, com uma ideia, com uma inspiração? Ele veio a Belém, virá no fim do mundo. Mas todos os dias ele vem até nós. Estejam atentos, veja o que vocês sentem no coração quando o Senhor bate à porta".

A coragem nasce da esperança

A vida", disse o Pontífice, "é feita de altos e baixos, de luzes e sombras".  Cada um de nós experimenta momentos de desilusão, de fracasso e desorientação:

“Além disso, a situação em que vivemos, marcada pela pandemia, gera em muitas pessoas preocupação, medo e desânimo; corremos o risco de cair no pessimismo, no fechamento e na apatia. Como devemos reagir a isto? O Salmista sugere-nos: "Nossa alma espera pelo Senhor, é ele o nosso auxílio e o nosso escudo. Nele se alegra o nosso coração” (Sl 32,20-21). A espera confiante do Senhor faz-nos encontrar conforto e coragem nos momentos sombrios da existência. E de onde nasce esta coragem e esta aposta confiante? Nasce da esperança”.

Deus estende sempre a sua mão

A esperança, disse enfim o Papa, marca este período do ano litúrgico de preparação para o Natal:

"O Advento é um apelo incessante à esperança: recorda-nos que Deus está presente na história para a conduzi-la ao seu fim último e à sua plenitude, que é o Senhor Jesus Cristo. Deus está presente na história da humanidade, Ele é o "Deus conosco", Ele caminha ao nosso lado para nos apoiar. O Senhor nunca nos abandona; Ele nos acompanha nos nossos acontecimentos existenciais para nos ajudar a descobrir o significado do caminho, o significado da vida quotidiana, para infundir coragem nas provações e na dor. No meio das tempestades da vida, Deus estende sempre a sua mão para nós e liberta-nos das ameaças".

Na conclusão o Papa invocou Maria Santíssima mulher da espera, para que “acompanhe os nossos passos neste novo ano litúrgico que estamos iniciando, e nos ajude a cumprir a tarefa dos discípulos de Jesus, indicada pelo apóstolo Pedro: dar razão à esperança que há em nós”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-11/o-papa-no-angelus-nas-tempestades-da-vida-deus-estende-a-mao.html

30 de out. de 2020

Horário das Missas na Igreja Matriz no Dia de Finados


 

Dia de Finados 2020


 

Papa Francisco em 2 de novembro no Campo Santo Teutônico

 


Por ocasião da comemoração dos fiéis defuntos, o Pontífice celebrará a Missa no cemitério no Vaticano, de forma estritamente privada. Também para as demais celebrações programadas haverá uma presença restrita de pessoas.

Benedetta Capelli – Vatican News

As medidas de segurança ditadas pela pandemia marcam também as próximas celebrações presididas pelo Papa Francisco. Na segunda-feira 2 de novembro, dia em que a Igreja recorda os fiéis defuntos, o Pontífice – lê-se numa declaração da Sala de Imprensa Vaticana - irá não muito longe da Casa Santa Marta, ao Campo Santo Teutônico. Ali às 16h (hora de Roma)celebrará a Missa de forma estritamente privada, sem a participação dos fiéis. Na conclusão, irá se deter em oração no cemitério, depois irá às Grutas Vaticanas para prestar homenagem aos Pontífices falecidos.

Presença limitada dos fiéis

Na quinta-feira, 5 de novembro, às 11 horas (hora de Roma) no Altar da Cátedra na Basílica do Vaticano, Francisco celebrará a Missa em sufrágio dos cardeais e bispos que faleceram durante o ano. Para esta última celebração e para as celebrações dos próximos meses, o Papa celebrará com uma participação muito limitada de fiéis, de acordo com as modalidades utilizadas nos últimos meses, e no pleno respeito das medidas de proteção previstas, exceto no caso de variações devidas a uma alteração da situação sanitária.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-10/papa-francisco-em-2-de-novembro-no-campo-santo-teutonico.html

27 de out. de 2020

A emoção nas palavras dos futuros novos cardeais

 


Surpresa e sentimento de responsabilidade renovado. É o que emerge nas primeiras palavras de alguns dos religiosos e prelados contatados pelo Vatican News após serem nomeados pelo Papa, no domingo 25 de outubro como futuros cardeais. Os novos cardeais serão criados no Consistório de 28 de novembro.

Pura surpresa a de Monsenhor Enrico Feroci que soube da futura nomeação como cardeal enquanto estava na sacristia pouco antes de celebrar a missa das 12h30. "Interpretei como um gesto do Papa, não para mim pessoalmente, mas para todos os sacerdotes de Roma”. Mons. Enrico Feroci é pároco no Santuário de Santa Maria do Divino Amor nos arredores de Roma, no bairro Castel de Leva. “Sempre se diz que o presbítero é aquele que dá suas mãos ao bispo para tocar o Corpo de Cristo que é o Povo de Deus. Assim, o Papa Francisco quis agradecer às mãos de muitos sacerdotes. Acho que é assim, estou interpretando porque não creio que, como pessoa, eu possa merecer este reconhecimento”. Continuar a ser o que sempre foi até agora é o desejo de Monsenhor Feroci, sempre servindo ao povo de Deus. "Ainda não falei e agradeci ao Papa Francisco e espero poder fazê-lo em breve. Eu sou um pároco de Roma, acredito que continuarei sendo o pároco da paróquia do Divino Amor". O futuro cardeal nasceu em 27 de agosto de 1940 em Pizzoli.

13 de fev. de 2020

Campanha da Fraternidade 2020 é tema da Reunião do Vicariato Cabo



Na manhã desta quinta-feira (13) o vicariato Cabo realizou sua 1ª reunião do ano, e recebeu padre Josenildo Tavares, coordenador arquidiocesano de pastoral, que refletiu sobre a Campanha da Fraternidade (CF) 2020, cujo tema é ‘Fraternidade e vida: dom e compromisso’, a CF deste ano remete à figura de Irmã Dulce, que foi canonizada em outubro do ano passado. Padre Josenildo lembrou que a figura de Ir. Dulce remete ao cuidado com o próximo, seu modo de cuidar sinaliza uma Igreja em saída. O lançamento nacional da CF 2020 acontece na Quarta-feira de Cinzas (26/02). Na arquidiocese  o lançamento e a Missa de Cinzas será no Auditório do Hospital da Restauração, Graças, Recife, às 13h, com a seguinte programação:
13h – Acolhida dos participantes
14h – Painel com apresentação sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2020: “Fraternidade e vida: dom e compromisso”.
15h – Abertura oficial da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Olinda e Recife (coletiva de imprensa)
16h – Concelebração Eucarística de Cinzas, presidida pelo Arcebispo Dom Antônio Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife
Após a Missa, Dom Fernando e dom Limacêdo visitarão duas alas no Hospital da Restauração para ministrar a Unção dos Enfermos.
Momento Oracional

Algumas atividades das comissões no vicariato Cabo:

Comissão para Ação Social Transformadora - Polo Cabo
Data: 15/02
Horário: 9h
Local: Paróquia São José Operário – Vila Social


Comissão de Liturgia:
Encontro de Formação para Ministros Extraordinários da Comunhão do Vicariato Cabo
Data: 10 a 13 de março
Horário: 8h às 12h

Encontro de Formação para Ministros Extraordinários da Palavra do Vicariato Cabo
Data: 24/04
Horário: 13h às 17h

Comissão de Comunicação:
Mutirão de Oficinas de Comunicação
Data: 22/03
Horário: 8h às 15h
Local: Centro Social Armínio Guilherme – Centro do Cabo

Comissão para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial:
1ª Escola Missionária
Data: 15/03
Horário: 8h às 12h
Local: Salão Paroquial de São José Operário – Vila Social – Cabo
Pascom Vicariato Cabo

28 de jan. de 2020

ESTÁ NO AR O SITE OFICIAL DO 8º MUTICOM NORDESTE 2


No dia em que a Igreja celebrou a memória de São Francisco Sales, padroeiro dos jornalistas, a Diocese de Patos, na Paraíba, lançou o site oficial do Mutirão de Comunicação da CNBB Nordeste 2 (Muticom NE2).
Desde sexta-feira (24), comunicadores de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, mas também oriundos de outros Estados interessados no tema, têm acesso às informações do evento e um canal direto com a coordenação do encontro.
A 8ª edição do Muticom NE2 ocorrerá entre os dias 3 e 5 de julho, na Unifip Centro Universitário, antiga Faculdades Integradas de Patos. O mutirão terá como tema “Ambiência digital e cultura do encontro: pensar a comunicação numa sociedade democrática”.
Nesta edição serão realizados 20 workshops e dez grupos de trabalhos. Entre os assuntos correlatos à comunicação que serão trabalhados no Muticom NE2 estão “Aplicativos na evangelização”, “Comunicação na Pastoral do Dízimo”, “Teatro”, “Música litúrgica”, entre outros.
Em breve, o site disponibilizará informações sobre inscrições, assessores do mutirão e sugestões de hospedagens.
Logotipo
A cidade de Patos (PB) é conhecida como a “Morada do sol”, e tem como padroeira Nossa Senhora da Guia. Por esses motivos, o logotipo do 8º Muticom foi desenvolvido levando em consideração essas duas características.
O símbolo lembra um sol nascente, com os elementos da marca Muticom. A parte inferior, em azul, indica a proteção de Nossa Senhora da Guia, e ao mesmo tempo, nos diz que Maria nos guia na comunicação do “Sol nascente que veio nos visitar”, que é Jesus Cristo.
Nesse mesmo campo azul encontra-se uma rede que se conecta com o logotipo, a tipografia “MUTICOM”, nos ajudando a compreender o sentido da Pascom: uma pastoral de conjunto, de unidade, de comunhão, que precisa cumprir sua missão como uma rede, na qual todos estão conectados, unidos, sobretudo, a Jesus e à Maria.
Visite o site do 8º Muticom NE2: https://muticomne2.wixsite.com/8muticomne2.

24 de jan. de 2020

Festa de São Sebastião anima devotos da cidade do Cabo



Os festejos ao querido mártir São Sebastião, co-padroeiro da cidade do Cabo iniciado no último dia 16/01 lotam a Igreja Matriz todas as noites para as Missas, na sua grande maioria vestidos de vermelho em homenagem ao sangue que ele derramou como testemunho de fé e amor a Cristo. O encerramento no próximo domingo (26) será o ponto culminante da festa, logo às 5h alvorada festiva, às 10h a Missa Solene presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, filho da paróquia em festa. Às 15h outra Missa marca o encerramento da festa 2020 e logo em seguida grandiosa Procissão com a Imagem de São Sebastião que percorrerá as principais ruas do centro da cidade e retorna a Igreja Matriz para a Benção do Santíssimo Sacramento. Logo após, os devotos poderão se confraternizarem com um show cultural e barracas de lanches no térreo do centro social Armínio Guilherme (prédio anexo a matriz).

Serviços:
Encerramento da Festa de São Sebastião, Co-padroeiro do Cabo
Data: 26 de janeiro de 2020
Local: Igreja Matriz de Santo Antônio – Centro do Cabo
Contatos/ (81) 3521-9933
Pascom Santo Antônio

Domingo da Palavra de Deus: ler a Bíblia para despertar a fé




Pela primeira vez, será celebrado no próximo dia 26 de janeiro, o Domingo da Palavra de Deus. Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização apresentou em uma coletiva de imprensa a programação para o Domingo da Palavra de Deus. Depois da Missa na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco entregará a Bíblia a 40 pessoas que representam várias realidades da sociedade. A iniciativa tem como objetivo valorizar o conhecimento da Palavra entre todos os cristãos e é mais um passo no diálogo ecumênico.
Os objetivos do Domingo da Palavra de Deus são vários e ricos de significados: oferecer uma dimensão unitária às várias iniciativas que a Igreja Católica promove no mundo, em nível local, para difundir a Palavra de Deus, dar um novo impulso à leitura bíblica no âmbito da pastoral; estabelecer mais um passo para o diálogo ecumênico; exortar os cristãos a tirar das prateleiras empoeiradas um “instrumento” que desperte a nossa fé. 
Instituída pelo Papa
Dom Rino Fisichella destaca que com esta iniciativa, o Papa Francisco espera que “a comunidade cristã se concentre no grande valor que a Palavra de Deus ocupa na vida diária” (Aperuit illis 2). Este dia foi instituído pelo Papa Francisco em 30/09/2019, por ocasião dos 1600 anos da morte de São Jerônimo, grande estudioso da Sagrada Escritura que traduziu para o latim os textos originais. Na ocasião o Papa publicava a sua Carta Apostólica Aperuit illis.
Iniciativa de Evangelização
Segundo o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, o Papa quis “responder aos muitos pedidos que chegam por parte do povo de Deus para que em toda a Igreja se possa celebrar em unidade de intenções o Domingo da Palavra de Deus”. Portanto, este domingo se coloca como uma iniciativa pastoral de Nova Evangelização, com o objetivo de reavivar a responsabilidade que os fiéis têm no conhecimento da Sagrada Escritura e em mantê-la viva através de uma obra de permanente transmissão e compreensão. É importante lembrar que na Carta Apostólica escrita para a conclusão do Jubileu da Misericórdia, o Papa desejava que “toda a comunidade, em um domingo do ano litúrgico, pudesse renovar  empenho pela difusão, pelo conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura, um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, para compreender a inexaurível riqueza que provém daquele diálogo constante de Deus com o seu povo” (Misericordia et misera, 7).
O valor ecumênico
Neste contexto, o bispo disse que “não pode passar em silêncio o grande valor ecumênico deste Domingo”. De fato, Francisco estabeleceu que seja celebrado sempre no 3º Domingo do Tempo Comum do Ano Litúrgico que é próximo ao Dia do diálogo entre Judeus e Católicos e da Semana de Oração pela Unidade de Cristãos. Obviamente não é uma simples coincidência temporal – explicou o monsenhor -, mas uma escolha que pretende marcar mais um passo no diálogo ecumênico, colocando a Palavra de Deus no coração do compromisso que os cristãos são chamados a realizar diariamente”.

Durante uma coletiva de imprensa, foi apresentado o logotipo da iniciativa que representa uma cena bíblica muito conhecida: o caminho dos discípulos ao povoado de Emaus (cf. Lc 24, 13-35), em um certo momento Jesus Ressuscitado se aproxima. O ícone evidencia múltiplos aspectos que convergem sobre o Domingo da Palavra de Deus. Pode-se notar, primeiramente, os personagens. Junto com Cristo que tem nas mãos o “rolo do Livro”, isto é, a Sagrada Escritura que se realiza na sua pessoa, há dois discípulos: Cleofás, como descreve Lucas e, segundo alguns exegetas, sua esposa. Os rosto dos dois discípulos estão dirigidos ao Senhor para afirmar que Ele é a realização das promessas antigas e a Palavra viva que deve ser anunciada ao mundo.
O programa da jornada
Dom Fisichella disse que no domingo, 26 de janeiro, às 10 horas, o Papa Francisco presidirá a Eucaristia na Basílica de São Pedro. No altar papal será colocada a estátua de Nossa Senhora de Knock, Padroeira da Irlanda, que virá do Santuário acompanhada por uma grande representação de fiéis, guiados pelo arcebispo Tuam, Dom Michael Neary e pelo reitor do santuário, padre Richard Gibbons. O coral do Santuário animará a celebração alternando-se com o Coral da Capela Sistina.
Entrega da Bíblia
Na conclusão da celebração eucarística o Papa Francisco fará um gesto simbólico: entregará a Bíblia a 40 pessoas representantes de várias realidades da sociedade: bispos, migrantes, embaixadores, professores, pobres, jornalistas, catequistas, seminaristas, detentos e algumas famílias, assim como representantes das Igrejas Ortodoxas e das Comunidades Evangélicas.
Fisichella: a Palavra sempre presente na pastoral
Ao falar ao Vatican News, Dom Rino Fisichella recordou o significado mais profundo desta iniciativa: “A Igreja sabe que a Palavra de Deus é o coração da sua pregação mas a instituição desse Dia especial nasce também porque há no mundo muitas iniciativas concretas que solicitaram ao Papa uma dimensão unitária a tudo o que se realiza há décadas”. Também há um aspecto pastoral – prosseguiu – a Bíblia não pode ser limitada ao estudo dos especialistas ou a alguns momentos da vida da nossa pastoral, mas deve estar sempre presente. Dom Fisichella explicou que a Liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia sustentam-se reciprocamente: “O Concílio Vaticano II na Constituição dogmática Dei Verbum, que fala da Revelação da Palavra de Deus, diz que o povo cristão sempre se alimentou da Palavra de Deus e do Corpo e Sangue de Cristo que estão depositados no altar, portanto a unidade da ação litúrgica já nos diz o quanto precisamos de um e do outro”.
O presidente da Comissão Arquidiocesana de Liturgia da Arquidiocese, padre Moisés Ferreira sugere aos interessados que a editora Paulus publicou o subsídio litúrgico-pastoral “O domingo da Palavra de Deus”, reunindo dicas e orientações para uma vivência intensa e solene da data.
(Fonte: site Vatican News)

Pró-Criança oferece vagas em cursos gratuitos no Grande Recife



O Movimento Pró-Criança, instituição ligada à Arquidiocese de Olinda e Recife, está oferecendo vagas em cursos gratuitos para crianças, adolescentes e jovens, de 5 a 25 anos, nas unidades da ONG no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. As oportunidades são para qualificações nas áreas de artes plásticas, música, esporte, dança, tecnologia e varejo. O Pró-Criança ainda oferece fardamento e alimentação.

O período de inscrições segue até o 31/01. Os interessados devem procurar o setor Psicossocial da unidade escolhida – Coelhos ou Piedade – munidos de xerox do RG e CPF do aluno e do responsável, se for menor de idade. Também é preciso levar cópias do comprovante de residência, comprovante de escolaridade, carteira de trabalho e título de eleitor, além de duas fotos 3×4. O Pró-Criança funciona de segunda a sexta, das 8h às 16h30.
As aulas no Pró-Criança são oferecidas uma ou duas vezes por semana, no contraturno escolar do beneficiário, ou seja, os que estudam pela manhã podem participar das atividades da ONG no período da tarde. Já os alunos que vão para a escola à tarde, frequentam a instituição no turno da manhã.
Artesanato
Mulheres com mais de 18 anos e que gostariam de aprender um novo ofício ou aperfeiçoar as habilidades manuais também terão a oportunidade de estudar gratuitamente. Das 490 vagas oferecidas pelo Pró-Criança, 30 delas são para o projeto Arte e Vida promovido pela Unidade Coelhos. A capacitação ensina a confecção de bijuterias e acessórios, e a técnica de customização de sandálias. Durante três meses, as alunas aprendem a fazer peças como pulseiras, colares, tiaras, bolsas e chapéus. Elas também recebem noções de técnicas de vendas e de empreendedorismo.
A Unidade Coelhos do Pró-Criança fica na rua dos Coelhos, 317, Boa Vista – em frente ao Imip. Contato pelo (81) 3412.8989 ou 3412.8970.
A Unidade Piedade está localizada na rua José Maia Bezerra, 10, Piedade – ao lado da Escola Municipal José Rodovalho, em Jaboatão. Contato pelo (81) 3474.8979.
Confira a lista de cursos disponíveis:
Unidade Coelhos
– Canto coral
– Judô
– Artes
– Recondicionamento de Computadores
– Iniciação à Informática
– Robótica Educacional
– Coletivo Jovem (Marketing e Vendas / Comunicação e Tecnologia / Produção de Eventos)
– Projeto Arte e Vida
Unidade Piedade
– Flauta doce (novo curso)
– Balé
– Judô
– Artes  
(Informações e fotos: Assessoria de Comunicação do Movimento Pró-Criança)

Mensagem do Papa Francisco para o LIV Dia Mundial das Comunicações Sociais « “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10, 2). A vida faz-se história »




Desejo dedicar a Mensagem deste ano ao tema da narração, pois, para não nos perdermos, penso que precisamos de respirar a verdade das histórias boas: histórias que edifiquem, e não as que destruam; histórias que ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos. Na confusão das vozes e mensagens que nos rodeiam, temos necessidade duma narração humana, que nos fale de nós mesmos e da beleza que nos habita; uma narração que saiba olhar o mundo e os acontecimentos com ternura, conte a nossa participação num tecido vivo, revele o entrançado dos fios pelos quais estamos ligados uns aos outros.

1. Tecer histórias
O homem é um ente narrador. Desde pequenos, temos fome de histórias, como a temos de alimento. Sejam elas em forma de fábula, romance, filme, canção, ou simples notícia, influenciam a nossa vida, mesmo sem termos consciência disso. Muitas vezes, decidimos aquilo que é justo ou errado com base nos personagens e histórias assimiladas. As narrativas marcam-nos, plasmam as nossas convicções e comportamentos, podem ajudar-nos a compreender e dizer quem somos.
O homem não só é o único ser que precisa de vestuário para cobrir a própria vulnerabilidade (cf. Gn 3, 21), mas também o único que tem necessidade de narrar-se a si mesmo, «revestir-se» de histórias para guardar a própria vida. Não tecemos apenas roupa, mas também histórias: de facto, servimo-nos da capacidade humana de «tecer» quer para os tecidos, quer para os textos. As histórias de todos os tempos têm um «tear» comum: a estrutura prevê «heróis» – mesmo do dia-a-dia – que, para encalçar um sonho, enfrentam situações difíceis, combatem o mal movidos por uma força que os torna corajosos, a força do amor. Mergulhando dentro das histórias, podemos voltar a encontrar razões heroicas para enfrentar os desafios da vida.
O homem é um ente narrador, porque em devir: descobre-se e enriquece-se com as tramas dos seus dias. Mas, desde o início, a nossa narração está ameaçada: na história, serpeja o mal.

2. Nem todas as histórias são boas
«Se comeres, tornar-te-ás como Deus» (cf. Gn 3, 4): esta tentação da serpente introduz, na trama da história, um nó difícil de desfazer. «Se possuíres…, tornar-te-ás…, conseguirás…»: sussurra ainda hoje a quem se fia do chamado «mentiroso» (cf. Jo 9, 44), para atingir os seus fins. Quantas histórias nos narcotizam, convencendo-nos de que, para ser felizes, precisamos continuamente de ter, possuir, consumir. Quase não nos damos conta de quão ávidos nos tornamos de bisbilhotices e intrigas, de quanta violência e falsidade consumimos. Frequentemente, nos «teares» da comunicação, em vez de narrações construtivas, que solidificam os laços sociais e o tecido cultural, produzem-se histórias devastadoras e provocatórias, que corroem e rompem os fios frágeis da convivência. Quando se misturam informações não verificadas, repetem discursos banais e falsamente persuasivos, percutem com proclamações de ódio, está-se, não a tecer a história humana, mas a despojar o homem da sua dignidade.
Mas, enquanto as histórias utilizadas para proveito próprio ou ao serviço do poder têm vida curta, uma história boa é capaz de transpor os confins do espaço e do tempo: à distância de séculos, permanece atual, porque nutre a vida.
Numa época em que se revela cada vez mais sofisticada a falsificação, atingindo níveis exponenciais (o deepfake), precisamos de sapiência para patrocinar e criar narrações belas, verdadeiras e boas. Necessitamos de coragem para rejeitar as falsas e depravadas. Ocorre paciência e discernimento para descobrirmos histórias que nos ajudem a não perder o fio, no meio das inúmeras lacerações de hoje; histórias que tragam à luz a verdade daquilo que somos, mesmo na heroicidade oculta do dia a dia.

3. A História das histórias
A Sagrada Escritura é uma História de histórias. Quantas vicissitudes, povos, pessoas nos apresenta! Desde o início, mostra-nos um Deus que é simultaneamente criador e narrador: de facto, pronuncia a sua Palavra e as coisas existem (cf. Gn 1). Deus, através deste seu narrar, chama à vida as coisas e, no apogeu, cria o homem e a mulher como seus livres interlocutores, geradores de história juntamente com Ele. Temos um Salmo onde a criatura se conta ao Criador: «Tu modelaste as entranhas do meu ser e teceste-me no seio de minha mãe. Dou-Te graças por me teres feito uma maravilha estupenda (…). Quando os meus ossos estavam a ser formados, e eu, em segredo, me desenvolvia, recamado nas profundezas da terra, nada disso Te era oculto» (Sal 139/138, 13-15). Não nascemos perfeitos, mas necessitamos de ser constantemente «tecidos» e «recamados». A vida foi-nos dada como convite a continuar a tecer a «maravilha estupenda» que somos.
Neste sentido, a Bíblia é a grande história de amor entre Deus e a humanidade. No centro, está Jesus: a sua história leva à perfeição o amor de Deus pelo homem e, ao mesmo tempo, a história de amor do homem por Deus. Assim, o homem será chamado, de geração em geração, a contar e fixar na memória os episódios mais significativos desta História de histórias: os episódios capazes de comunicar o sentido daquilo que aconteceu.
O título desta Mensagem é tirado do livro do Êxodo, narrativa bíblica fundamental que nos faz ver Deus a intervir na história do seu povo. Com efeito, quando os filhos de Israel, escravizados, clamam por Ele, Deus ouve e recorda-Se: «Deus recordou-Se da sua aliança com Abraão, Isaac e Jacob. Deus viu os filhos de Israel e reconheceu-os» (Ex 2, 24-25). Da memória de Deus brota a libertação da opressão, que se verifica através de sinais e prodígios. E aqui o Senhor dá a Moisés o sentido de todos estes sinais: «Para que possas contar e fixar na memória do teu filho e do filho do teu filho (…) os meus sinais que Eu realizei no meio deles. E vós conhecereis que Eu sou o Senhor» (Ex 10, 2). A experiência do Êxodo ensina-nos que o conhecimento de Deus se transmite sobretudo contando, de geração em geração, como Ele continua a tornar-Se presente. O Deus da vida comunica-Se, narrando a vida.
O próprio Jesus falava de Deus, não com discursos abstratos, mas com as parábolas, breves narrativas tiradas da vida de todos os dias. Aqui a vida faz-se história e depois, para o ouvinte, a história faz-se vida: tal narração entra na vida de quem a escuta e transforma-a.
Também os Evangelhos – não por acaso – são narrações. Enquanto nos informam acerca de Jesus, «performam-nos»[1] à imagem de Jesus, configuram-nos a Ele: o Evangelho pede ao leitor que participe da mesma fé para partilhar da mesma vida. O Evangelho de João diz-nos que o Narrador por excelência – o Verbo, a Palavra – fez-Se narração: «O Filho unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem O contou» (1, 18). Usei o termo «contou», porque o original exeghésato tanto se pode traduzir «revelou» como «contou». Deus teceu-Se pessoalmente com a nossa humanidade, dando-nos assim uma nova maneira de tecer as nossas histórias.

4. Uma história que se renova
A história de Cristo não é um património do passado; é a nossa história, sempre atual. Mostra-nos que Deus tomou a peito o homem, a nossa carne, a nossa história, a ponto de Se fazer homem, carne e história. E diz-nos também que não existem histórias humanas insignificantes ou pequenas. Depois que Deus Se fez história, toda a história humana é, de certo modo, história divina. Na história de cada homem, o Pai revê a história do seu Filho descido à terra. Cada história humana tem uma dignidade incancelável. Por isso, a humanidade merece narrações que estejam à sua altura, àquela altura vertiginosa e fascinante a que Jesus a elevou.
Vós «sois uma carta de Cristo – escrevia São Paulo aos Coríntios –, confiada ao nosso ministério, escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo; não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne que são os vossos corações» (2 Cor 3, 3). O Espírito Santo, o amor de Deus, escreve em nós. E, escrevendo dentro de nós, fixa em nós o bem, recorda-no-lo. De facto, re-cordar significa levar ao coração, «escrever» no coração. Por obra do Espírito Santo, cada história, mesmo a mais esquecida, mesmo aquela que parece escrita em linhas mais tortas, pode tornar-se inspirada, pode renascer como obra-prima, tornando-se um apêndice de Evangelho. Assim as Confissões de Agostinho, o Relato do Peregrino de Inácio, a História de uma alma de Teresinha do Menino Jesus, os Noivos prometidos (Promessi sposi) de Alexandre Manzoni, os Irmãos Karamazov de Fiódor Dostoevskij… e inumeráveis outras histórias, que têm representado admiravelmente o encontro entre a liberdade de Deus e a do homem. Cada um de nós conhece várias histórias que perfumam de Evangelho: testemunham o Amor que transforma a vida. Estas histórias pedem para ser partilhadas, contadas, feitas viver em todos os tempos, com todas as linguagens, por todos os meios.

5. Uma história que nos renova
Em cada grande história, entra em jogo a nossa história. Ao mesmo tempo que lemos a Escritura, as histórias dos Santos e outros textos que souberam ler a alma do homem e trazer à luz a sua beleza, o Espírito Santo fica livre para escrever no nosso coração, renovando em nós a memória daquilo que somos aos olhos de Deus. Quando fazemos memória do amor que nos criou e salvou, quando metemos amor nas nossas histórias diárias, quando tecemos de misericórdia as tramas dos nossos dias, nesse momento estamos a mudar de página. Já não ficamos atados a lamentos e tristezas, ligados a uma memória doente que nos aprisiona o coração, mas, abrindo-nos aos outros, abrimo-nos à própria visão do Narrador. Nunca é inútil narrar a Deus a nossa história: ainda que permaneça inalterada a crónica dos factos, mudam o sentido e a perspetiva. Narrarmo-nos ao Senhor é entrar no seu olhar de amor compassivo por nós e pelos outros. A Ele podemos narrar as histórias que vivemos, levar as pessoas, confiar situações. Com Ele, podemos recompor o tecido da vida, cozendo as ruturas e os rasgões. Quanto nós, todos, precisamos disso!
Com o olhar do Narrador – o único que tem o ponto de vista final –, aproximamo-nos depois dos protagonistas, dos nossos irmãos e irmãs, atores juntamente connosco da história de hoje. Sim, porque ninguém é mero figurante no palco do mundo; a história de cada um está aberta a possibilidades de mudança. Mesmo quando narramos o mal, podemos aprender a deixar o espaço à redenção; podemos reconhecer, no meio do mal, também o dinamismo do bem e dar-lhe espaço.
Por isso, não se trata de seguir as lógicas do «mentiroso», nem de fazer ou fazer-se publicidade, mas de fazer memória daquilo que somos aos olhos de Deus, testemunhar aquilo que o Espírito escreve nos corações, revelar a cada um que a sua história contém maravilhas estupendas. Para o conseguirmos fazer, confiemo-nos a uma Mulher que teceu a humanidade de Deus no seio e – diz o Evangelho – teceu conjuntamente tudo o que Lhe acontecia. De facto, a Virgem Maria tudo guardou, meditando-o no seu coração (cf. Lc 2, 19). Peçamos-Lhe ajuda a Ela, que soube desatar os nós da vida com a força suave do amor:
Ó Maria, mulher e mãe, Vós tecestes no seio a Palavra divina, Vós narrastes com a vossa vida as magníficas obras de Deus. Ouvi as nossas histórias, guardai-as no vosso coração e fazei vossas também as histórias que ninguém quer escutar. Ensinai-nos a reconhecer o fio bom que guia a história. Olhai o cúmulo de nós em que se emaranhou a nossa vida, paralisando a nossa memória. Pelas vossas mãos delicadas, todos os nós podem ser desatados. Mulher do Espírito, Mãe da confiança, inspirai-nos também a nós. Ajudai-nos a construir histórias de paz, histórias de futuro. E indicai-nos o caminho para as percorrermos juntos.
Roma, em São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2020.
[Franciscus]