Altar da Capela São Benedito |
Devotos de São Benedito
festejam o querido padroeiro de 16 a 20 de novembro com o tema, “a exemplo de
São Benedito, partilhemos o pão em todas as mesas”. A festa acontecerá na
capela a ele dedicada no Bairro São Francisco (próximo a praça do bairro). No
dia 16\11, abertura da festa com a Procissão da Bandeira saindo às 18h30 da
residência de Josefa Ana e Maria Ana na Rua 37 Nº 09 - Bairro São Francisco em
direção a Capela para a Missa de abertura da festa. Todas as noites haverá
Missa às 19h. No domingo (17\11) a Missa será às 11h e às 12h almoço partilhado
e no dia 20\11 às 18h30 sairá a procissão com a imagem de São Benedito
percorrendo as principais ruas da comunidade em encerrando as 19h30 com a Missa
Solene.
Imagem de São Benedito |
Conheça mais sobre São
Benedito:
Cultuado
inicialmente no Brasil pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele e de
sua origem – era filho de africanos e negro -, passou a ser amado por toda a
população como exemplo da humildade e da pobreza. Esse fato também lhe valeu o
apelido que tinha em vida, “o Mouro”. Tal adjetivo, em italiano, é usado para
todas as pessoas de pele escura e não apenas para os procedentes do Oriente. Já
entre nós ele é chamado de São Benedito, o Negro, ou apenas “o santo Negro”.
Há tanta identificação com a cristandade
brasileira que até sua comemoração tem uma data só nossa. Embora em todo o
mundo sua festa seja celebrada em 4 de abril, data de sua morte, no Brasil ela
é celebrada, desde 1983, em 5 de outubro, por uma especial deferência canônica
concedida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB.
Benedito Manasseri nasceu em 1526, na pequena
aldeia de São Fratelo, em Messina, na ilha da Sicília, Itália. Era filho de
africanos escravos vendidos na ilha. O seu pai, Cristóforo, herdou o nome do
seu patrão, e tinha se casado com sua mãe, Diana Lancari. O casamento foi um
sacramento cristão, pois eram católicos fervorosos. Considerados pela família à
qual pertenciam, quando o primogênito Benedito nasceu foram alforriados junto
com a criança, que recebeu o sobrenome dos Manasseri, seus padrinhos de
batismo.
Cresceu pastoreando rebanhos nas montanhas da
ilha e, desde pequeno, demonstrava tanto apego a Deus e à religião que os
amigos, brincando, profetizavam: “Nosso santo mouro”. Aos vinte e um anos de
idade, ingressou entre os eremitas da Irmandade de São Francisco de Assis,
fundada por Jerônimo Lanza sob a Regra franciscana, em Palermo, capital da
Sicília. E tornou-se um religioso exemplar, primando pelo espírito de oração,
pela humildade, pela obediência e pela alegria numa vida de extrema penitência.
Na Irmandade,
exercia a função de simples cozinheiro, era apenas um irmão leigo e analfabeto,
mas a sabedoria e o discernimento que demonstrava fizeram com que os superiores
o nomeassem mestre de noviços e, mais tarde, foi eleito o superior daquele
convento. Mas quando o fundador faleceu, em 1562, o papa Paulo IV extinguiu a Irmandade,
ordenando que todos os integrantes se juntassem à verdadeira Ordem de São
Francisco de Assis, pois não queria os eremitas pulverizados em irmandades sob
o mesmo nome.
Todos obedeceram, até Benedito, que sem
pestanejar escolheu o Convento de Santa Maria de Jesus, também em Palermo, onde
viveu o restante de sua vida. Ali exerceu, igualmente, as funções mais
humildes, como faxineiro e depois cozinheiro, ganhando fama de santidade pelos
milagres que se sucediam por intercessão de suas orações.
Eram muitos príncipes, nobres, sacerdotes,
teólogos e leigos, enfim, ricos e pobres, todos se dirigiam a ele em busca de
conselhos e de orientação espiritual segura. Também foi eleito superior e,
quando seu período na direção da comunidade terminou, voltou a reassumir, com
alegria, a sua simples função de cozinheiro. E foi na cozinha do convento que
ele morreu, no dia 4 de abril de 1589, como um simples frade franciscano, em
total desapego às coisas terrenas e à sua própria pessoa, apenas um irmão leigo
gozando de grande fama de santidade, que o envolve até os nossos dias.
Foi canonizado em 1807, pelo papa Pio VII.
Seu culto se espalhou pelos quatro cantos do planeta. Em 1652, já era o santo
padroeiro de Palermo, mais tarde foi aclamado santo padroeiro de toda a população
afro-americana, mas especialmente dos cozinheiros e profissionais da nutrição.
E mais: na igreja do Convento de Santa Maria de Jesus, na capital siciliana,
venera-se uma relíquia de valor incalculável: o corpo do “Santo Mouro”,
profetizado na infância e ainda milagrosamente intacto. Assim foi toda a vida
terrena de são Benedito, repleta de virtudes e especiais dons celestiais
provindos do Espírito Santo.
Fonte:
https://franciscanos.org.br/vidacrista/santo-do-dia/
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