Tem início hoje a festa de Santa Luzia, padroeira
da comunidade da Torrinha, no Cabo e vai até o dia 13, com a Santa Missa na
Igreja Matriz de Santo Antônio, às 19h.
Confira a programação e participe:
Dia 10 – quinta-feira
19h – Missa de Abertura
Noiteiros: Comunidades
Dia 11 – sexta-feira
19h – Celebração da Palavra
Noiteiros: Terço dos Homens
Dia 12 – Sábado
19h – Nelebração da Palavra
Noiteiros: Postarais, Movimento e Animadores de
Missão
Dia 13 – Domingo
Encerramento
19h Celebração Eucarística na Igreja Matriz
Conheça mais sobre Santa Luzia:
Santa
Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e
invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.
Conta-se
que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã,
ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte
do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta
família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma
romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da
vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria,
como Santa Ágeda.
Vendeu
tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa.
Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu
santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação
em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: “Adoro a um só
Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade”.
Somente
em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente
confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o
seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir
e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.
Mas a
devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão (“Luzia” deriva de
“luz”), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno,
passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone
da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das
santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações
para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.
Diz a
antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato
de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco,
preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de
fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo
magnífico escritor Dante Alighieri, na obra “A Divina Comédia”, que atribuiu a
santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou
através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.
Luzia
pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva,
prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia
feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso
aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu
convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou
Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua
castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com
os pobres, como era seu desejo.
Entretanto
quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar
Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa
imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a
julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que
a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a
tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos
conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os
carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava
viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida.
Era o ano 304.
Para
proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039,
um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia.
Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou
aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é
celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de
Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de
Siracusa, que a venera no mês de maio também.
Fonte: Canção Nova
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