
De acordo com o Cimi, foram apresentados
ao papa casos de violência em que estão submetidos os povos indígenas.
“Grupos políticos e econômicos relacionados com a agroindústria, a
mineração e construtoras, com apoio e participação do governo
brasileiro, tratam de revogar os direitos territoriais dos povos
indígenas”, diz trecho do documento entregue ao papa.
Os representantes destacaram questões
referentes a diversos povos indígenas brasileiros que tiveram terras
invadidas, como os Tupinambá, no sul da Bahia; que sofrem sem
assistência médica, como os índios do Vale do Javari, no Amazonas; e que
são afetados pelos impactos de grandes empreendimentos, como o da Usina
de Belo Monte, no Pará.
Atualmente, como explica dom Erwin, 519
empresas causam impactos a 437 terras pertencentes a 204 povos
indígenas. “Muitos deles se encontram em grande risco de destruição por
causa de projetos hidrelétricos, de mineração e desflorestamento causado
pela criação de gado e plantação de soja”, conta.
Os representantes do Cimi entregaram ao
papa publicações e estudos sobre as denúncias que levaram ao Vaticano.
Segundo dom Erwin Kräutler,o papa Francisco demonstrou atenção,
preocupação e sensibilidade com as questões.
Conforme o Cimi, na Amazônia brasileira
vivem cerca de 90 grupos em situação de isolamento, livres, sendo que no
mundo esta é a região com a maior quantidade de povos ainda sem contato
com a sociedade que os envolve.
Fonte: com informações do Cimi
CNBB
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