
Atualmente a seca atinge mais de 9,7 milhões de pessoas em 1,2 mil municípios do Nordeste. A situação de calamidade foi mostrada durante a exibição de reportagens, as imagens da terra seca, dos animais mortos ilustravam a dor dos depoimentos de homens e mulheres que sobrevivem no campo. Por outro lado, também foram exibidos vídeos que mostraram as ações que estão mudando a convivência com o semiárido. As chamadas cisternas calçadões, que captam e armazenam a água da chuva e os tanques de pedra, valas naturais aprofundadas na rocha.
A crítica maior das entidades organizadoras do evento, que aconteceu na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), foi a falta de uma política efetiva para a área de recursos hídricos. Os bispos e os representantes dos movimentos sociais questionaram a demora das obras da Transposição do Rio São Francisco, bem como a implantação de adutoras, poços e barragens, especialmente para os moradores das áreas mais pobres do Agreste e do Sertão. “Os governos só se preocupam com as medidas emergenciais, mas precisamos de políticas permanentes. Não podemos esquecer que 50% da produção da agricultura familiar está no Nordeste”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch.

Ainda de acordo com dom Saburido, para acompanhar o andamento da caminhada assumida pelos governos e também pelas entidades sociais, a partir do ano que vem poderá ter início um fórum anual tendo como data o dia 20 de março, marco dessas parcerias entre Igreja, movimentos sociais e governos em favor do campo. “É preciso avaliar e estar sempre atento às necessidades do meio rural, nossa intenção é não parar por aqui, mas dá continuidade a uma série de ações já iniciadas e as novas que começarão a ser implantadas”, adiantou o arcebispo.
Da Assessoria de Comunicação AOR
Fotos: Renata Gabrielle e Aluísio Moreira
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